quarta-feira, 1 de julho de 2009

Jeitinho brasileiro...

Além de estar no cursinho, não ter passado no vestibular e ter que aderir ao novo ENEM sem mais demandas, o STF (Supremo Tribunal Federal) resolveu investir em mais uma ruga na minha testa... a nova lei.
Há alguns dias, foi decidido que para ser um profissional do jornalismo não será mais necessária a obrigatoriedade de um diploma. Ou seja, nós passamos 4 ou 5 anos estudando, lendo e nos atualizando, pagando (ou não) uma boa faculdade para nos tornarmos futuros âncoras do Jornal Nacional (irônicamente falando.. ou não), e de um dia para o outro resolvem voltar às regras da época da ditadura militar no Brasil, tornando dispensável o diploma de Jornalista.
Fazer um curso técnico ou se graduar em cursos 'pseudo-jornalísticos' como Rádio e Tv por exemplo (sem preconceitos),terá para o STF, o mesmo peso do que a graduação em uma faculdade de Comunicação Social.
Isso torna as decisões mais simples? Não sei responder. Simples para quem? Para aqueles que estudam e depois de formados são rebaixados à pessoas de menor bagagem educacional? Para os poderosos chefões, que lêem seu currículo e evidentemente vão continuar optando pelos profissionais graduados? Ou para os 'pseudo-formados' que receberão o mesmo salário e terão as mesmas vantagens que os demais jornalistas?
Por um lado isso foi bom... para quem não se formou em Jornalismo.
Assim como em 1979 (não tenho certeza) essa lei caiu, e a probabilidade dos políticos brasileiros cairem na real denovo é grande, mas depender desses caras não é lá muito esperançoso.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Crianças robóticas

Década de 90:
Futebol de rua. Bete. Carrinho de Rolimã. Patins. Super Nintendo. Queimada. Pular corda. Brincar de Barbie. Jogar autorama. Soltar Pipa. Brincar de Elástico. Bolinha de Gude. Esconde-esconde. Pega-pega. Peão. Polícia e Ladrão. Batata Quente. 5 marias. Jogar Hugo pelo telefone. O fantástico Mundo de Bobby. Castelo Ra-tim-bum. Power Rangers. Cocoricó. Ursinhos Carinhosos. Pateta. Chiquititas. Punky a levada da breca. Anjos da Lei. O mundo da lua. O mundo de Beakman. Cavaleiros do Zodíaco. Caverna do Dragão. Sérgio Malandro. Backstreet Boys. Spice Girls. Mamonas Assassinas. Edward Mãos de Tesoura. Esqueceram de mim. Rei Leão. Fantasia. Aladin. (...)

Dias atuais:
Wii. Orkut. Celular. Câmera Digital. MSN. Pokémon (e cia ltda). Jonnas Brothers. Nx Zero. High School Musical.

É visível como nossa infância era bem mais divertida.
Mundo tecnológico que se exploda! Legal mesmo é cair de cara no chão, rasgar a roupa, quebrar o braço, levantar e continuar brincando.

domingo, 21 de junho de 2009

ELE


Olhar essa foto só me traz boas lembranças desse cara.
Eu a tirei em um momento de muita risada, em que todos ao redor estavam se esguelando de rir. Irônico, não?
No melhor carnaval que já tive ele estava presente. As melhores piadas da casa, o bêbado mais alternativo, o punker mais axezeiro, o mais criativo e espontâneo, o dançarino mais desengonçado... E hoje o destino nos passou uma rasteira.
Xilepa, você foi e sempre será aquele cara que eu conheci, o mais engraçado de todos! Aquele que me fazia dobrar no chão de rir, aquele que imitava as pessoas com tanta facilidade e perfeição, que conseguia me irritar mas me fazer rir ao mesmo tempo pelo fato de não conseguir te levar a sério. Sempre de bom humor, com uma piada na ponta da língua. E as vezes nem era piada, só o jeito de você se expressar já me levava as gargalhadas, por ser você, entende?
Peço desculpas pelo tempo que ficamos sem nos falar, por um motivo tão besta que me faz ter raiva de mim mesma. Mas quem disse que na hora pensamos assim né? Ficar todo esse tempo olhando pra você e não te comprimentando e lembrando da sua cara de indignação me da um aperto no coração tão grande que me faz ter vontade de ter poderes mágicos e voltar ao tempo e te dar um abraço tão forte e pedir desculpas pela minha ignorância.
Mas ao mesmo tempo me sinto bem por termos voltado as boas no carnaval, por ter te encontrado ainda depois disso na balada, de lembrar das suas piadas que me faziam chorar de tanto rir e ter pra sempre essa imagem sua na cabeça.
Você SEMPRE SEMPRE SEMPRE será o Slasher, o cara do 'OIIIN', o cara que me ensinou o 'boommm néamm?' e o 'feeera heeeemmm?'.
Apesar da nossa escassa amizade, você vai fazer falta... e já faz.
Dos poucos momentos que tivemos juntos, você conseguiu torná-los inesquecíveis e incomparáveis. Existem aqueles que pensam: "Nossa, mas ela nem o conhecia direito." Não interessa quantidade e sim intensidade. E eu tenho certeza que toda aquela zueira que a gente passou junto foi de verdade e foi sincera e isso pra mim basta.
Aonde quer que você esteja, e se aí tiver internet ou não, você lendo isso ou não, quero apenas que entenda o meu sentimento agora e que infelizmente este é o único meio que a vida me traz de estar um pouquinho mais perto de você, como se tivessemos conversando.
Eu tenho certeza que você ta num lugar muito melhor que eu, e que por aí você ta sendo tão especial quanto foi aqui e ta sendo esse cara querido por TODOS. É inevitável gostar de você. E eu ainda te gosto :)
Aquele cara estiloso, artista e cheio de sonhos que eu conheci ainda ta vivo.. dentro de mim.
Na minha memória você vai estar presente, pra sempre.
-------------------
E ontem ele tava lindo... como sempre.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

"Moedas e Cogumelos"

"Surrealmente, canos, cogumelos, castelos, tartarugas e um bigode, juntos, são coisas comuns na cuca do autor que te escreve. Não só estes como diversos monstros, planetas, magias e personagens. Mas não há como só você aproveitar todas as maçãs da macieira, certo? Pois falarei de só duas delas: Moedas e Cogumelos.
Moedas são simples: você coleta cem e ganha uma vida. Conscientize-se a pular, entrar em canos, nadar e mergulhar, voar e bater a cabeça em blocos; Moedas, entende? Moedas. Alguns preferem argolas, mas não entremos nisso; pense em moedas. Os jogadores fazem de tudo por elas. Ficam por trás de um balcão de locadora, chefiam um grupo de engenheiros químicos, matam, e até criam maneiras de se ganhar mais moedas. Alguns até preferem as moedas à vida, e fazem o processo invertido: trocam cem vidas por uma moeda. Fazem tudo e mais que isso, só por moedas. Afinal, se cem te dão uma vida, faça as contas: quantas vidas um juiz pega por mês? Ah, moedas, moedas, moedas.
Cogumelos são outra opção. Geralmente estão em lugares de difícil acesso, e às vezes aparecem de monte. Alguns jogadores fazem de tudo por cogumelos. Gastam todas sua moedas, e quando não as tem mais, convertem em moeda um item qualquer, como um botas, tartarugas e martelos. Assim como com moedas, alguns preferem cogumelos à vida. Ficam delirando enquanto escutam o barulho proliferado pelo cogumelo, aquele “Tududidudim!”, o grande “Tududidudim”. Que poder esse som possui. Que vida, hein?
O que esses jogadores não conseguem perceber é o porquê de estarem pegando vidas. Por que você pega moedas, cogumelos, enfim, vidas? Se me refletissem a pergunta, não saberia respondê-la com exatidão. Diria eu, sem nenhuma entonação em especial: _ “Para salvar a princesa”
....
Cadê?
...
As princesas sumiram. Ou trocaram seu título de nobreza por moedas e cogumelos. Os reis tartaruga que as aprisionavam fizeram o mesmo. Cadê? Ensinaram-me a pular, entrar em canos e voar, mas me não ensinaram o que fazer quando não há princesa. As fases e mundos estão aí, com diversas moedas e cogumelos, mas porque hei de pegá-los? Todas as magias que aprendi, equipamentos que comprei e companheiros com quem joguei, por quê? Nos mundos que criamos, esses dentro de jogos, há um objetivo. Deus deveria ter pensado nisso. Em vez disso, só nos deu moedas e cogumelos. Eu não jogaria esse jogo, se tivesse escolha. O que me faz ter a paciência de jogá-lo é a possibilidade de, por algum motivo ou acaso, eu aprender a como criar uma princesa e um rei tartaruga pra mim. Assim me não importaria se minha pontuação for grande ou pequena quando der Game Over. "

Texto escrito por: Yuri Vilas Boas
Amigo maluco viciado em Mário.

domingo, 14 de junho de 2009

Pout Pourri

"Mesmo quando ele consegue o que ele quis
Quando tem já não quer
Acha alguma coisa nova na tv
O que não pode ter

Deixa de gostar
Larga a mão do que ele já tem
Passa então a amar
Tudo aquilo que não ganhou
(...)
Diga ao menos o que foi
E se eu faltei em te explicar
Diz que a gente sempre foi
Um par."

"É que eu já sei de cor
qual o quê dos quais e poréns dos afins
pense bem, ou não pense assim."

"Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim
Eu não prefiro assim com você
Juntinho sem caber de imaginar
Até o fim raiar."


Letras inteligentemente explendidas de artistas incomparáveis com sentido complexo, misterioso e nada explícito. Músicas que por fim, merecem um premio Nobel pela capacidade dos autores de interligar tantos pensamentos opostos a uma mesma idéia.
Genial.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mais que meros detalhes...

"Certo dia acordei de bem com a vida. Despertei logo cedo e assim abri as persianas do meu quarto e deixei o sol entrar. A poeira sendo vista pelos leves raios solares que ali da minha janela iluminavam o ambiente. O cheiro de inverno, o céu azul como aquarela e aquela pantufa de pelinhos esperando para ser vestida me deram a entender que a vida é sim, um mistério.
Sentei lá fora, junto aos meus cachorros e com um livro na mão comecei a ler. Mas de acordo com que a leitura ia se estendendo minha mente ia se deslocando. Fixei o olhar naquele pardal tomando um ar, sentado no muro do quintal e pensei no que ele poderia estar pensando.
Aquela simples imagem ali, me fez lembrar da minha infância. Na qual caçavamos pássaros, mas logo depois a gente soltava, pelo fato dele ter sua família, amigos e namorada. E toda essa inocência infantil - ou não - tornou-se algo que prevalece até hoje na minha vida. Aquele pardal poderia ter 'falado' aos seus amigos que iria dar uma voltinha e logo voltava, mas sem saber do que possivelmente estava por vir. Acabar com a vida daquele animal, poderia muito bem ser tão trágica como a perda de parentes e amigos que se foram sem aviso prévio.
Existem aqueles que acreditam no sexto sentido. Eles veêm, preveêm e sentem que o pior está por vir. Pode até ser, mas nem sempre é confiável. Conheço famílias de amigos que já perderam pessoas por puro mistério; um ataque cardíaco, acidente ou até mesmo algo já esperado, mas para um futuro distante.
Olhar aquele pardal me fez crer novamente que devemos começar agora a agir. Nunca deixar para depois o que pode ser feito instantâneamente. Algo pequeno pode se tornar uma bela surpresa se deixada para mais tarde. E vi também que a nossa liberdade, como a de um pardal, é momentânea e misteriosa.
Pois então se quer fazer, faça; se quer falar, fale; se quer perguntar, pergunte; se quer amar, AME. Sem medo de se arriscar, sem medo de errar. Medo é um apelido que damos para a nossa vergonha de tentar. E muitas vezes uma pequena tentativa fará uma grande diferença."


Escrevi este texto por um motivo: um amigo meu está internado em uma situação complicada. Eu rezo e torço para que ele se recupere logo. Força, rapaz!

terça-feira, 2 de junho de 2009

"Gosto é que nem braço...

Não há melhor inspiração para se iniciar um blog, do que ouvir as poéticas letras de Rodrigo Amarante e seu colega (ou infelizmente, ex colega) Marcelo Camelo. E inspiração é algo de momento, então vamos aproveitar.
Digamos que estou me coçando para falar de assuntos polêmicos do tipo religião, política e futebol. E como isso é um blog, o que vale é minha opnião :)
Existiu o século das luzes, o século das guerras e hoje estamos no século das dúvidas. Dúvidas essas que vem acompanhando casualmente a cabeça daqueles que acreditam que farão o mundo melhor, os jovens.
Conheço aqueles que acreditam em Deus, que não acreditam, que acreditam em partes e os que não tem opnião formada sobre este assunto. Nos tempos da minha vó, Deus existia, namoro era pra casar, sua carreira dependia do seu pai era ou queria, sua opnião era apenas um detalhe e as bebidas alcoolicas consumidas eram as 'elitizadas',como whisky e vinho e apenas para aqueles que parte desta faziam, novelas eram a diversão do momento e jornais e revistas eram severamente sinceros e jamais tendo suas informações colocadas em diagnóstico. Agora existem ateus (não que não existia, mas o número de pessoas tornou-se maior e a escolha mais livre e independente), a relação sexual está começando cada vez mais cedo, e aqueles que desejam se casar virgem (se é que alguem ainda opta em casar) é o bobão da turma, assim como é aquele que não bebe, pelo fato de ambos 'não saberem o que estão perdendo', novela é coisa de gente burra e revistas e jornais que valem a pena são poucos. Quem disse isso?
Quem foi o rapaz (ou rapariga) que inventou que pessoa bonita tem que ser magra e forte, que quem bebe é legal, que somente quem se forma em faculdade pública tem chances de um bom emprego, que todo político é corrupto, e mais um milhão de teorias desconcretizadas?!
Não que eu acredite ou deixe de acreditar em tudo que citei, mas todas essas dúvidas, opniões, zuações chegam a me revoltar. Revolta essa que só será esquecida ou acalmada no dia que me responderem QUEM É ESSE CARA?!
Conheço pessoas não tão magras que são muito mais interessantes do que aquelas que tem 'tudo em cima', conheço pessoas que não bebem e curtem uma festa mais do que aqueles que enchem a cara, conheço MUITAS pessoas que se formaram em faculdades particulares e hoje tem um ótimo emprego e são super valorizadas, conheço políticos que lutam por direitos iguais e melhores condições da população, etc.
E escrevendo isso, chego a conclusão. Esse ser inanimado é o nosso espelho. Espelho da sociedade atualizada, capitalista, duvidosa,... brasileira! Duvidar é natural, questionar é necessário, ler é fundamental e começar a pensar em tudo isso, desde o Big Bang (ou Adão e Eva, vai saber.) causa insônia. Dar sua opnião sem o mínimo de concretização em seus argumentos, é o mesmo que mentir. Ou seja, fale bem ou cale-se para sempre.
É com contradições que finalizo dizendo:
... tem gente que não tem."